quinta-feira, 23 de abril de 2009

Conhecendo a Morte


De Cracóvia, fomos direto para Aushwitz. Ontem estivemos lá na Marcha, mas, devido ao grande evento, não tivemos tempo de conhecer o Museu e entender essa terrível máquina de morte. Hoje fomos conhecer o campo Aushwitz I e seu Museu que reproduz em parte a história do maior complexo de extermínio construído pelo regime nazista.
Não há palavras para descrever o que vimos. Foi também uma experiência pessoal e única para cada um. Não há palavras para expressar e não há maneira de entender o processo de desumanização ao qual foram submetidos os judeus enviados para este lugar. Mais de 1 milhão de judeus foram enviados para lá. Poucos saíram.

14 comentários:

  1. Para Uriel Boianovsky Kveller
    Filho querido
    Esta carta vai te encontrar num momento delicado da tua vida.
    Estás no lugar onde a volta ao passado te traz conhecimento da tragédia que viveu teu povo.
    Desta vez uma história recente que envolve diretamente tua família.
    Teus avós sobreviveram ao holocausto.
    Mas, as lembranças ficarão pra sempre na memória.
    Hoje estás tentando entender a dor que sentiram teus avós ao perderem suas famílias, seus pertences, suas vidas.
    Estás tentando entender "É isto o homem?"
    Pois eu te respondo.
    Sim é isto o homem.
    Aquele que não consegue traçar uma vida de amor e compreensão.
    Aquele que não é feliz e não deixa ser feliz
    Aquele que não tolera a diferença e não suporta aprender com ela.
    Espero que este caminho duro que estás percorrendo te leve à luz.
    Que ilumine o teu futuro, as tuas escolhas.
    Para que continues sendo o homem do bem.
    Que planta metas para um futuro melhor.
    Pra ti e para as pessoas que te cercam.
    Enfim, que esta viagem te preencha de bons sentimentos.
    Pois rancor não constrói.
    Perdoar jamais.
    Aprender da dor a cultivar o amor!
    É isso meu doce.
    Um beijo e um abraço bem forte da tua mãe
    Paulete

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  2. Paulete ...Parabéns!Há muito tempo não vejo alguém expressar com tanta sabedoria , carinho e afeto tudo que tentamos rtransmitir a estes jovens nesta experiencia!
    Me encantei!
    Gostaria da tua licença para usar o texto se fosse possivel

    Celso Zilbovicius
    Coordenador Pedagógico
    Projeto Chinuch marcha da Vida
    São paulo

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  3. Oi Celso
    Se o texto é útil para ti...
    Bevakasha!

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  4. Queridos alunos:
    Quando a última voz sobrevivente do Holocausto se cale para sempre... vocês terão a grande responsabilidade de criar uma memoria capaz de transmitir ás gerações futuras esta página manchada de sangue e sofrimento da história do nosso povo!
    Então queridos, NUNCA MAIS será a bandera que vocês levantarão e passarão de mão em mão eternamente...
    Mil beijos!!
    Morá Vivian

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  5. Paulete, quando lí de manhã as tuas palavras pensei, com lágrimas nos olhos- "sábias palavras"- e passei o dia pensando em te agradecer por teres dividido com a gente. Então...Muito obrigada! Ida Mariza T. Henkin

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  6. Cara Paulete, sou mãe da Patricia, aluna do Bialik. Estou, como muitos pais, acompanhando a viagem de nossos filhos, vendo todas as formas de informações, portanto navego em vários blogs da Marcha da Vida. Quando o meu marido, que faz as mesmas buscas pela internet falou-me de suas palavras, fui logo ler. Relamente a forma como você escreveu me emocionou e tenho só que parabeniza-la. Peço também permissão para uso, pois passarei para a minha filha e para alguns conhecidos o seu texto.
    Muito Obrigada.
    Nicia T. Secher - São Paulo

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  7. Paulete,
    Eu tambem estou em lagrimas!
    Com carinho,
    Alua

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  8. Oi Paulete,
    Teu texto é emocionante, sensível e realmente diz aquilo que queremos expressar a nossos filhos que estão nesta trajetória importante que é a marcha.Muito bonito mesmo!!
    A Lizete mandou-o a todos os morim do colégio, achei uma grande atitude,poder ler suas ilustres palavras e refletir na vida do nosso judaísmo, que é para ele que estamos formando e direcionando a educação dos nossos filhos.
    Parabéns mais uma vez,
    Beijão grande,
    Ana Frydman (Porto Alegre/ mãe do Rafael Gitz grande amigo do Uriel) .

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  9. Paulete,
    fiquei emocionada com as tuas palavras.
    Alexandre, se tiveres lendo gostaria de dizer que te amo muito.
    beijo apertado
    Cintia

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  10. Minha filha Isadora e todos os amigos da "Marcha":

    Como muitos, sigo o blog várias vezes ao dia. Chegando do ato de Iom Ha Shoá, no cemitério, vejo o comentário da Paulete e os demais. Tudo "bate".
    Na cerimônia daqui, como sempre, estava o CIB: professores e colegas de vocês. E eu, claro, pensando em vocês, aí.
    Em nome dos sobreviventes, falou, mais uma vez, o "seu" Max, vô do Pedro. Em meio a tantas dores e da necessidade, que todos sabemos, de "relembrar para que não se repita", diferente de outras vezes, ele "esboçou" alegria: falou que, graças ao Colégio Israelita e ao Projeto da Marcha da Vida, pode ver seu neto em Auchwitz. Mas para testemunhar o que ele havia sofrido junto com milhões de pessoas, e, sobretudo, para celebrar a vida.
    Aí foi conexão direta com vocês, mais rápida que qualquer banda larga ou 3G. Coração para coração.
    Pelas "lágrimas" vou passar "batido", em respeito à Isadora, que ainda (isso passa, filha...) tem vergonha "dessas coisas".
    O Rabino Mendel lembrou aspectos importantes, que também "batem" com o que disse a Paulete. Falou que há pessoas que conseguem "entender" a dor do outro. E isso é bom. Mas somente aqueles que podem "sentir" a dor de outra pessoa conseguem ter motivação para agir, para fazer alguma coisa que termine ou minimize o sofrimento.
    Tenho a mais profunda certeza que vocês já ultrapassaram a simples "compreensão" do privilégio que estão desfrutando. Assim como os prisioneiros dos nazistas, vocês foram tatuados. Mas no coração, e estão "marcados de emoção" para sempre. E saberão o que fazer com tudo isso.
    Mesmo assim, não custa repetir: sintam e vivam cada segundo, da tristeza à alegria, intensamente. E que a chegada a Israel "complete o serviço"...
    Para terminar (tá Isa, sei que ficou uma carta), algumas palavras para o "seu" Max (em nome de todos os que foram e de todos que ficaram): o senhor sobreviveu não apenas porque se manteve vivo; no dicionário está escrito: "sobreviver: continuar a viver, a ser, a existir, depois de outras pessoas ou de outras coisas". Casar, trabalhar, participar da comunidade, manter sua fé, ser feliz, criar filhos, ter netos e testemunhar um neto "viver" Auchwitz para diminuir suas preocupações quanto ao "esquecimento" e ao "revisionismo". Seu Max, o senhor É, o senhor EXISTE. O senhor, sim SOBREVIVEU e contribuiu para que possamos todos gritar, mais do que nunca, AM ISREAL CHAI!

    Beijos muito alegres.
    Mauro - pai da Isadora

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  11. Paulete! Li o que escrevestes e fiquei emocionada e com lágrimas nos olhos...Me permitas repassar para inúmeras pessoas, pois merece ser lido e/ou ouvido por muitos, além dos seguidores deste blog! Sheila Schul - Coord Proj Chinuch Marcha da Vida PoA-RS

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  12. Sem dúvida Sheila
    Um abraço a todos
    Paulete

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  13. Cara sobrinha Isadora, "primo" Gabriel e demais participantes da "Marcha". Gostaria de acrescentar algumas palavras as que ja foram escritas pela Paulete, Mauro e outros. Para quem nao sabe, eu ja estou em Israel ha quase 24 anos.
    Voces tiveram a sorte e previlegio de poder participar desse programa que inclui Polonia e Israel. A carga emocional dessa vivencia e tremenda e a responsabilidade historica e moral de voces para com o povo judeu e importantissima. Voces sao simplesmente a continuacao viva dos nossos queridos que desapareceram no Holocausto e dos poucos sobreviventes que ainda estao conosco. O periodo da viagem nao e ocasional. A estadia na Polonia ocorre no momento do "Dia do Holocausto" e em Israel na epoca de "Iom HaHatzmaut". Essa passagem brusca da tristeza para a alegria caracteriza o povo Judeu. Nosso passado e nosso presente nos obrigam e nos ensinam a conviver com essas duas sensacoes juntas. Infelizmente, vivemos um periodo hostil e ameacador para os Judeus e em especial contra Israel. A diferenca que existe entre o periodo do Holocausto e hoje e a existencia do Estado de Israel. Temos um excelente exercito de defesa que, queiram ou nao, e o mais etico e moral que existe no mundo. Podem estar tranquilos que "NUNCA MAIS HAVERA UM HOLOCAUSTO PARA O POVO JUDEU". O Estado de Israel vai defender ate o ultimo judeu que existir na face da Terra. Podem estar tranquilos.
    ISA e GABRIEL queridos. Estamos ansiosos esperando por voces. Desejamos que voces possam comprovar e "sentir" que apesar de todas as ameacas, guerras e terrorismos nos "VIVEMOS". Eu e minha familia desejamos uma feliz estadia em Israel. "BRUCHIM HABAIM". Desejo extensivo a todos os participantes do grupo.
    Shalom, Edinho Soibelman

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  14. Edinho
    Maravilha ouvir de ti!!!!!!!!!!!!
    Meu filho já esteve em Israel algumas vezes a passeio.
    Desta vez será um momento de renascimento.
    "Lihiot am chofshi
    Be artzenu
    Eretz
    Tzion
    Ierushalaim"
    Le chaim!
    Paulete

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